O futebol brasileiro é repleto de heróis das quatro linhas. Uma figura que alcançou essa estatura no campo é Adilson Batista, um zagueiro cuja trajetória começa em Curitiba, sua cidade natal, e chega ao auge no eterno Grêmio. Batista era um zagueiraço e referência na zaga, conhecido por sua ótima colocação e a confiabilidade nos lançamentos. Mas esse craque dos gramados não se limitou a ser apenas mais um jogador, ele foi além.
Com carreira iniciada no Atlético Paranaense em 1988, chamou a atenção do Grêmio que não perdeu tempo e contratou o zagueiro em 1995, uma decisão que se mostrará acertada. No clube gaúcho, Batista formou uma formidable dupla de zaga com o paraguaio Rivarola, impondo respeito aos adversários e a segurança a seus colegas de equipe. Rivarola pela robustez física e Batista pela técnica e leitura de jogo. Nesse time icônico, Batista também exerceu a função de capitão sendo reconhecido como a prorrogação do técnico Luiz Felipe Scolari em campo.
A Consagração do Capitão América
A passagem pelo Grêmio foi sem dúvidas o ponto alto da carreira de Batista. Sob o comando de Felipão, chegou à conquista ímpar da Libertadores em 1995, erguendo a taça de campeão frente a uma multidão de colombianos no estádio Atanasio Girardot, em Medellín. Este momento glorioso rendeu a Batista o título de Capitão América, apelido dado pelo radialista Jorge Estrada.
E após a aposentadoria?
Após sair do Grêmio, Batista foi para o futebol japonês, porém a idade e problemas no joelho fizeram com que aos 33 anos ele abandonasse os campos como jogador. Aposentado como atleta profissional, Batista não desejava ficar longe do esporte pelo qual nutriu paixão a vida toda. Por isso, voltou à casamata, lugar que considera um ambiente familiar, como técnico.
Hoje, no ano de 2023, Batista já alcança os 55 anos de idade, mas nunca esqueceu os tempos dourados em campo. “Foi um momento importante, uma época boa, de conquistas, um bom time, bem treinado, bom ambiente, uma grande torcida. Foi um momento importante, marcante na minha carreira”, recorda.